segunda-feira, 6 de julho de 2015

RESENHA: FAHRENHEIT 451 - RAY BRADBURY (1º LIVRO DA #MLI2015)



Nome do livro: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
Título original: Fahrenheit 451
Tradutor: Cid Knipel
Editora: Globo
Ano: 2012
Número de páginas: 256

O primeiro livro da Maratona Literária de Inverno de 2015 (#MNI2015 nas redes sociais) foi concluído nesta manhã de segunda-feira. Trata-se de Fahrenheit 451 escrito por Ray Bradbury. A obra, já adaptada para o cinema, conta a história de Montag, um bombeiro que, acredite, tinha como função justamente o oposto do que estamos acostumados a ver os bombeiros fazendo: Ele ateava fogo. E, não somente ele, mas sim todos os bombeiros daquela comunidade. Ray Bradbury cria uma sociedade na qual as casas são a prova de fogo e, desse modo, a única função dos bombeiros é atear fogo em livros. Já que não existe mais a necessidade de acabar com o fogo, bombeiros como Montag precisam acabar com os já poucos livros existentes naquela cidade.
Certa vez, Montag conhece Clarisse, uma jovem que diz ter dezessete anos e ser completamente maluca pois, segundo o que seu tio afirma, essas duas coisas andam sempre juntas. Ela gosta de passear a noite (um hábito completamente extinto pela sociedade em que vivem), ela toma banho de chuva e gosta de sentir os pingos nos lábios, gosta de, acredite, conversar e, por incrível que pareça, não possui "murais televisivos" tal como acontece na casa de todos os cidadãos honestos daquela cidade. Inteligente, Clarisse gosta de saber o "por quê" das coisas e, enfrenta Montag quando lhe faz uma pergunta que muda a vida do bombeiro: "Você é feliz?". A questão, com dimensões verdadeiramente assustadoras, começa a perturbar o homem que procura abordá-la com a sua esposa, Mildred.
"- Quando e onde nos conhecemos?"
Ele decide perguntar, certo dia e, fica ainda mais assustado quando percebe que nem ele, nem a esposa, sabem responder corretamente a questão. Como poderiam os dois ser um casal feliz se não sabiam nem quando nem aonde haviam se conhecido? Tudo o que sabiam e o que tinham era a realidade palpável que viviam. Realidade, esta, embebida em comprimido para dormir e "murais televisivos" que eram chamados de "família" e interagiam com o telespectador quando configurados para tal. A esposa vivia com duas conchas nas orelhas (algo muito semelhante aos nossos fones de ouvido) e acabara se tornando perita em leitura labial. Quando não estava com a "família" estava envolvida pelas ondas do rádio oficial que a traziam e levavam para lá e para cá conforme a maré da praia de suas mentes.
Outro fato determinante para roubar a paz de Montag é uma das ocorrências que ele vai atender em uma noite qualquer, quando uma senhora se permite ser queimada com todos os seus livros. O bombeiro começa a se questionar acerca de qual será a magia daquelas páginas repletas de letras aparentemente sem significado e com personagens inexistentes que faz com que pessoas morram e matem por elas. Movido por tal curiosidade ele faz o inconcebível: rouba livros dos locais onde deveria queimá-los e os armazena em sua casa e tenta lê-los em uma tarde, também qualquer.
Não conseguindo entender ao certo o que aquelas palavras estão querendo dizer-lhe, ele se vê pedindo ajuda ao professor Faber o que desencadeia fatos completamente imprevisíveis para Montag e as pessoas que vivem em torno dele.
O livro cumpre um dos desafios da MNI2015 visto ser um livro que "já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica" e faz parte da 1ª semana de leituras que, deve ser constituída por livros de fantasia, distopia ou ficção científica.

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