sexta-feira, 24 de julho de 2015

RESENHA: INTENSIDADE - DEAN KOONTZ (3º LIVRO DA #MLI2015)Nome do livro: Intensidade

Nome do livro: Intensidade
Autor: Dean Koontz
Título original: Intensity
Tradução: A. B. Pinheiro de Lemos
Editora: Mandarim
Ano: 1997
Número de páginas: 308

Iniciando minha segunda semana de #MLI2015 deixei-me envolver pelo segundo livro de Dean Koontz que leio. O primeiro, chamava-se "Velocidade" e deixou-me algumas marcas muito positivas, de modo que decidi voltar a este autor no desafio deste ano. A segunda semana de maratona tratava-se de ser regada por livros de suspense e terror.
 "Intensidade" realmente me tirou o fôlego e vou lhes explicar o motivo. O livro narra a história de Chyna Shepherd, uma mestranda em psicologia que vai passar um final de semana na casa de Laura (sua única amiga). Entretanto, o que era para ser uma noite tranquila acaba se tornando seu pior pesadelo. Todos os moradores da casa são assassinados brutalmente e somente Chyna sobrevive. O que a manteve viva foi um instinto primitivo e quase vergonhoso para ela, fruto de uma infância povoada por bandidos que pareciam quererem dela mais do que ela poderia imaginar e por uma genitora que não carregava consigo o menor traço maternal. Ela escondeu-se em baixo da cama quando os assassinatos inexplicáveis começaram e, certamente, foi isto que lhe salvou a vida.
Posteriormente, uma corrida se inicia e um terrível jogo de gato e rato se dá entre ela e Edgler Foremen Vess ou, simplesmente, Mr. Vess quando Chyna percebe que existe a possibilidade de Laura estar viva. Na tentativa de salvar a vida da amiga e, ao mesmo tempo, esconder-se de Vess, a jovem se vê envolvida em uma trama jamais imaginável até mesmo para ela que teve uma infância tão difícil.
Vess acredita que a vida deve ser vivida com intensidade e que a cada homem ou mulher bonita que mata uma força inexplicável e estranha passa do cadáver para ele; sensação esta que ele têm quando ingere um alimento não comestível e entende que a beleza, firmeza, ou vivacidade deste passou a habitar seu corpo também. Logo, quando finalmente ele descobre a existência de Chyna, hesita entre a possibilidade de fazer com que a força daquela mulher também lhe pertença e o medo terrível de que ela seja o "pneu furado de seu caminho". Vess entende que uma sensação por si só não é ruim ou boa, mas sim que o ser humano tem a habilidade de transformá-la no que quiser por meio de seus pensamentos. Logo, para ele, o gosto do pavor intenso de alguém que está sendo morto pode ser igualmente inebriante quanto a visão de Ariel, completamente imóvel no porão de sua casa fingindo não perceber o mundo a sua volta.
Alternando entre os pontos de vista da mocinha e do vilão (talvez um dos vilões mais bem construídos que eu já tenha conhecido), Koontz desperta no leitor conflitos sobre ideias e pensamentos como uma espécie de "gangorra moral" o que torna a obra ainda mais intrigante. Detalhista ao estremo em alguns pontos, Koontz faz com que o leitor deseje que sua capacidade de leitura seja ainda mais veloz, a fim de conhecer o desfecho da história o quanto antes.
A obra faz parte da segunda semana de leituras da maratona, sendo esta constituída por thriller, suspense ou terror, sendo que o presente livro encontra-se nas duas primeiras categorias mencionadas. O livro cumpre um dos desafios da #MLI2015 visto ser "um livro do gênero que você menos leu no ano passado". O segundo livro a ser lido desta semana seria "O Cemitério" desafio este que não será cumprido nesta maratona. Talvez, na próxima eu finalmente tenha coragem de mergulhar em mais uma obra de King.

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